E Aprendemos...
Após um tempo,
Aprendemos a diferença subtil
Entre segurar uma mão
E acorrentar uma alma,
E aprendemos
Que o amor não significa deitar-se
E uma companhia não significa segurança
E começamos a aprender...
Que os beijos não são contratos
E os presentes não são promessas
E começamos a aceitar as derrotas
De cabeça levantada e os olhos abertos
Aprendemos a construir
Todos os seus caminhos de hoje,
Porque a terra amanhã
É demasiado incerta para planos...
E os futuros têm um forma de ficarem
Pela metade.
E depois de um tempo
Aprendemos que se for demasiado,
Até um calorzinho do sol queima.
Assim plantamos nosso próprio jardim
E decoramos nossa própria alma,
Em vez de esperarmos que alguém nos traga flores.
E aprendemos que realmente podemos aguentar,
Que somos realmente fortes,
Que valemos realmente a pena,
E aprendemos e aprendemos...
E em cada dia aprendemos.
Jorge Luís Borges (Poeta Argentino, 1890-1986)
Não é a primeira vez que mostra este poema a alguém que frequenta aqui o espaço, mas merece ser lido e interpretado por todos! Obrigado ao meu amigo Ivo por me ter dado a conhecer este fabuloso poema!
Porque afinal de contas...'nascemos sem saber e morremos a aprender', já diz o provérbio, eu cá... 'Se a vida é uma lição...não te baldes e aprende...!'
Abraço,
BQ.
1 comentário:
se tivesse fumado uma ganza até tinha chorado, não estou a gozar!
Enviar um comentário