segunda-feira, abril 27, 2009

Crise...

Não se fala noutra coisa a não ser na crise... e talvez tenha deparado com ela este sábado, aquando de um almoço de 'por em conversa em dia'!
Depois de um périplo pelo burgo cá da 'terrinha' à procura de um local para almoçar resolvemos entrar naquele mais incógnito.

Apresentam-nos o 'cardápio' et voilà...

"Temos a sair já já já Feijoada e Rojões..."

"Obrigado, nós já o chamamos..."

No meio disto, tentamos ver o que existe para além disto e deparamos que para além do 'já já já' apenas tínhamos 'Salsicha Alemã' ou 'Hamburger', dois pratos de execução rápida e que qualquer frigorífico e/ou congelador conversa!

Conclusão, com a crise que anda por aí não vale a pena ter um grande cardápio e confeccionar refeições para o lixo. Como diz a minha maezinha: "Quem quiser come o há, quem nem quiser que frite umas salsichas ou uns hamburgers!'

Ah, e no final almoçamos Rojões e até que estavam bons. Afinal de contas eles estavam 'já já já a sair!'

Abraço,

BQ.

sexta-feira, abril 24, 2009

E Aprendemos...


Após um tempo,

Aprendemos a diferença subtil

Entre segurar uma mão

E acorrentar uma alma,

E aprendemos

Que o amor não significa deitar-se

E uma companhia não significa segurança

E começamos a aprender...

Que os beijos não são contratos

E os presentes não são promessas

E começamos a aceitar as derrotas

De cabeça levantada e os olhos abertos

Aprendemos a construir

Todos os seus caminhos de hoje,

Porque a terra amanhã

É demasiado incerta para planos...

E os futuros têm um forma de ficarem

Pela metade.

E depois de um tempo

Aprendemos que se for demasiado,

Até um calorzinho do sol queima.

Assim plantamos nosso próprio jardim

E decoramos nossa própria alma,

Em vez de esperarmos que alguém nos traga flores.

E aprendemos que realmente podemos aguentar,

Que somos realmente fortes,

Que valemos realmente a pena,

E aprendemos e aprendemos...

E em cada dia aprendemos.


Jorge Luís Borges (Poeta Argentino, 1890-1986)


Não é a primeira vez que mostra este poema a alguém que frequenta aqui o espaço, mas merece ser lido e interpretado por todos! Obrigado ao meu amigo Ivo por me ter dado a conhecer este fabuloso poema!

Porque afinal de contas...'nascemos sem saber e morremos a aprender', já diz o provérbio, eu cá... 'Se a vida é uma lição...não te baldes e aprende...!'

Abraço,

BQ.
Estranho...

Esta foi uma semana estranha, recheada de peripécias estranhamente conjugadas, estranhamente ligadas e onde me apercebi de todas as 'jogadas' da semana...

Fiquei apenas com uma dúvida que me preocupa. Será que fui eu que estive mais atento às coincidências estranhas? Será que foram os outros que não preocuparam nas estranhezas dessas coincidências? Ou estarei a conseguir absorvê-las?

Fica no ar, mas que é estranho é...

Abraço,

BQ.

terça-feira, abril 21, 2009

Que futuro?

Talvez seja a temática do momento e por esse motivo cá estou a escrever sobre o futuro...

No verão de 2008 via um filme de animação, 'Panda do Kung-Fu', que a certa altura da história o 'velho sábio' dizia algo do género: 'O passado é história, o presente é uma dávida, o futuro é um mistério'.

Na altura aquela frase bateu-me profundamente, apesar de estar a ver o filme rodeado da cinfrideira que é um conjunto de crianças e cada vez mais olho para o futuro dessa forma, como um mistério onde quero ser o primeiro a desvendar! De longe querer tornar num 'Mestre Alves' ou num 'Alexandrino', apenas não tenho medo do 'mistério' que é o futuro.

É verdade e pegando na célebre frase do célebre cozinheiro que o nosso 'blogger' Tiago colocou por cá, tenho um sugestão para vocês... Vejam aqui o vídeo e SEJAM FELIZES...



Abraço,

BQ.

domingo, abril 19, 2009

Que Futuro?

Longe de ser uma crítica, deixo aqui um conhecido poema de Mário Henrique Leiria, muito em jeito de resposta (ainda que deixe outras perguntas por responder):

"Uma nêspera estava na cama deitada, muito calada a ver o que acontecia.
Chegou a Velha e disse: olha uma nêspera e ZÁS comeu-a!!
É o que acontece às nêsperas que ficam deitadas, caladas a esperar o que acontece".


MC
CuRTeS


quinta-feira, abril 16, 2009

Que Futuro?

O mundo está em crise, logo: aumenta o desemprego, aumentam os problemas sociais, aumentam os hiatos (viram, está mesmo na moda) entre ricos e pobres; em suma, aumenta tudo o que é de mau...

Por tal, o que nos espera? Encontramo-nos na idade das decisões, o que havemos de fazer? Seguir os nossos sonhos? Enveredar pelo caminho mais simples mas mais enfadonho? Esperar que surjam melhores dias?
Pois é, após uma discussão regada com uma bela fresquinha e uns amendoinzitos com o nosso colega, pus-me a pensar....
E a que conclusão cheguei? A nenhuma...

É triste, mas já não estamos no tempo dos nossos pais nem dos nossos avós, onde após uns anitos de escola era preciso arranjar um trabalhito, uma esposa e bora pa frente, pois a vida já não reservava grandes surpresas... Podem dizer que os tempos eram mais difíceis, o que provavelmente até é verdade, mas não tinham estas indecisões de hoje em dia, o mundo era mais fechado. Se hoje em dia vemos que muito boa gente nunca saiu da terra em que nasceu, ou que viram a praia por uma única vez.... Nós hoje com um clique numa máquina diabólica temos isso tudo ao alcance, com uma aceleradela noutra máquina fazemos 500km em menos de nada.... Como é que querem que nos contentemos apenas com uma vida na terra, um trabalhito e uma mulherzita?

Dito isto, me despeço, esperando por respostas, e, com uma frase que eu gosto muito, dita por um cozinheiro e que se aplica bem a esta discussão:

Fiquem bem e façam o favor de serem felizes...

terça-feira, abril 14, 2009

?

hiato
s. m.
1. Encontro desagradável de duas vogais que não formam ditongo (ex.: o ulmeiro).
2. Anat. Fenda.
3. Intervalo.
4. Fig. Lacuna, falha.
5. Bot. Espaço entre os lábios da corola.

É talvez das palavras mais faladas nos últimos tempos plos bem falantes português e nos quais não me incluo!

A única coisa que tenho a escrever sobre isto é que 'estar num hiato... é chato!'

Abraço,

BQ.

segunda-feira, abril 13, 2009

Canal História

Hoje fiquei deveras intrigado com um 'outdoor' que viu no percurso trabalho-casa...

Vinha de mais um 'dia de luta', depois de um colega muito ligado à política internacional me dizer que a política internacional estava cada vez mais 'rota', etc, etc, dou por mim a ler o seguinte cartaz: 'O Fim do Mundo está próximo'... Intrigante, quase apocalíptica, mas acima de tudo 'futurológico'.

Até aqui nada de estranho, agora se eu vos disser que este cartaz faz parte de uma campanhã de programação do Canal História, se calhar já vão estranhar...

Se calhar o problema é meu, mas não vos parece antagónico, um canal que se dedica a 'narrar' estórias e histórias passadas lançar um slogan 'futurológico' do género: 'O Fim do Mundo está próximo'.

Se calhar a culpa é minha... que não percebo nada disto... Ideias de 'marketeers' é o que é!

Um abraço aos 'brilhantes' que por este espaço passam ;)

BQ.

domingo, abril 12, 2009

De volta a Lisboa no meu Fiat, para mais uma semana de labor , ouço no rádio:

"O único problema neste momento á na A23 onde o trânsito está parado com cerca de cinco quilómetros de fila.
Tenha uma boa Páscoa e faça um BOM REGRESSO A CASA".

Confuso com este comentário final mudei logo de frequência. Não estava para filosofias.
Mudo para uma outra rádio:

"De momento a única via com problemas é a A23 onde o trânsito está parado com cerca de cinco quilómetros de fila.
Tenha uma boa Páscoa e faça um BOM REGRESSO AO TRABALHO".

Continuei confuso.. será que estava de regresso a casa ou ao trabalho?!
Ou às duas...?!

MC
CuRTeS

sexta-feira, abril 10, 2009

Páscoa

Caros amigos...

Custa-me a perceber estas manifestações religiosas e meramente fatalistas que se fazem todos os anos... Enquanto miúdo frequentei cataquese, ia à missa, confessava e até fazia retiros espirituais, mas de alguns anos para cá que me começa a fazer alguma confusão este tipo de celebrações... Porquê é que a Páscoa acontece todos os anos?... Naquilo que me dá a entender, Jesus Cristo morreu com 33 anos, portanto, a Páscoa tal como o Natal deviam ser despassadas por esse tempo...

E depois faz-me um bocado de confusão isto da ressurreição... e as pessoas festejarem... Como dirão os mais esotéricos é o partir para outra dimensão!

Tenho uma palavra para este fenómeno... COMÉRCIO!!!

Só por esse motivo é que pode imaginar que os coelhos deitam ovos... tal como o trenó do Pai Natal voa...

Nem tudo está devidamente explicado e as crianças inocentes, que não percebem nada disto e querem é receber presentes, tal como eu quando era criança, não fazem a pergunta estúpida: 'Um coelho da Páscoa que deita ovos?', que estupidez esta cena dos adultos...

Abraço,

BQ

quarta-feira, abril 08, 2009

Pontos de vista...

Hoje dei por mim a pensar neste tema... pontos de vista!

No outro dia um grande amigo meu disse-me: 'Beto existem sempre três pontos de vista: o que tu vês, aquele que eu vejo e o que realmente existe...!' Fiquei com aquilo na cabeça e hoje apeteceu-me debitar sobre o assunto!

Cada vez sinto mais que nada na vida acontece por acaso e que tudo o que nos vem ter às mãos é por alguma razão! Ou nesse período estamos a viver algo em que aquela é a peça do 'puzzle', ou vamos precisar dela futuramente e de facto aquela afirmação sobre os pontos de vista veio ao encontro de algo que há algum tempo recente eu vinha pensando, que é: O que é que as pessoas vêem quando olho para mim? Que imagem têm de mim? Isto não é nada que me preocupe, mas deixa-me de certo modo intrigado... Enfim, algo a que dificilmente conseguirei arranjar resposta e portanto nã me tira sono, mas vou continuar o meu 'vox popullum' para tentar saber qual é o ponto de vista dos outros...

Com esta conversa veio-me logo à cabeça uma música que nunca me cansei de ouvir e que diz 'quase' tudo sobre o tema... é memorável!

DB Boulevard - Point of View



Abraço,

BQ.

domingo, abril 05, 2009

Sou, por opção, uma pessoa pouco séria.
Evito ter assuntos sérios com a maior parte das pessoas. Meto logo uma piada ordinária, um sarcasmo político ou, em último caso, torço o nariz fecho o olho esquerdo e murmuro um "hummm" - depois disto a outra pessoa ja não sabe o que mais fazer.

Sim, porque isto de ter assuntos sérios não é com qualquer um. Um assunto sério exige no mínimo mostrar um bocado de nós aos outros e eu não estou para essas chatices. Até porque quem normalmente tenta ter assuntos sérios não está a ser sério connosco. E já que é para dar um bocado de mim prefiro selecionar a quem dou, porque apesar da minha barriguinha proeminente a minha seriedade não dá para todos.

Tive, só há pouco tempo, das conversas mais sérias deste meu primeiro ano em Lisboa.
Primeiro falamos de tripas à moda do Porto, da sua textura e gosto.
Num outro encontro a mesma pessoa explicou-me que num texto seu de escrita criativa relatava como um agente da EMEL (não era humano, era uma raposa vestida de agente) tentou multar um sexagenário chinês por este ter chocado com uma mulher também a circular a pé.

Aliás, para mim foi das coisas mais sérias que ouvi nos últimos tempos.
Para outros, mesmo ao meu lado, foi das coisas mais dementes e pouco sérias que ouviram. Até comentários depreciativos fizeram. Não admito que se brinque com a seriedade das pessoas.

Sou, portanto, uma pessoa pouco séria. Para evitar chatices e desilusões prefiro ser um bricalhão para muitos e sério só para alguns.
E quer acreditem ou não até estou a ser muito sério neste texto.

MC
CuRTeS