domingo, abril 05, 2009

Sou, por opção, uma pessoa pouco séria.
Evito ter assuntos sérios com a maior parte das pessoas. Meto logo uma piada ordinária, um sarcasmo político ou, em último caso, torço o nariz fecho o olho esquerdo e murmuro um "hummm" - depois disto a outra pessoa ja não sabe o que mais fazer.

Sim, porque isto de ter assuntos sérios não é com qualquer um. Um assunto sério exige no mínimo mostrar um bocado de nós aos outros e eu não estou para essas chatices. Até porque quem normalmente tenta ter assuntos sérios não está a ser sério connosco. E já que é para dar um bocado de mim prefiro selecionar a quem dou, porque apesar da minha barriguinha proeminente a minha seriedade não dá para todos.

Tive, só há pouco tempo, das conversas mais sérias deste meu primeiro ano em Lisboa.
Primeiro falamos de tripas à moda do Porto, da sua textura e gosto.
Num outro encontro a mesma pessoa explicou-me que num texto seu de escrita criativa relatava como um agente da EMEL (não era humano, era uma raposa vestida de agente) tentou multar um sexagenário chinês por este ter chocado com uma mulher também a circular a pé.

Aliás, para mim foi das coisas mais sérias que ouvi nos últimos tempos.
Para outros, mesmo ao meu lado, foi das coisas mais dementes e pouco sérias que ouviram. Até comentários depreciativos fizeram. Não admito que se brinque com a seriedade das pessoas.

Sou, portanto, uma pessoa pouco séria. Para evitar chatices e desilusões prefiro ser um bricalhão para muitos e sério só para alguns.
E quer acreditem ou não até estou a ser muito sério neste texto.

MC
CuRTeS

1 comentário:

Poupinhas disse...

És muito sério sim senhor.. quando queres.. lol.. alias já tibemos umas combersetas muito sérias.. BTW bou-te ligar só para te chatear..lol
Beijos jeitoso
ps: as palavras de verificação chateiam (coisa séria tb)*rinoiged*