quinta-feira, setembro 07, 2006


Vamos lá virar a Almofada...
Cadê os heróis das praias...

Nas voltas da almofada, vou falar de uma espécie já quase extinta em todo o mundo. Não precisam de fazer apostas para tentarem adivinhar, porque nunca chegaram lá. Não falar dos Gnus, nem das Raposas, muito menos de advogados sérios… Vou falar de uma espécie humana que corre sérios riscos de extinguir, que são os nadadores-salvadores.
Sou leigo nesta matéria e não sei exactamente os testes que têm de ser feitos para se tornar um verdadeira nadador-salvador, mas ao que sei são testes básicos e renováveis de 3 em 3 anos, mas ou isto é estruturado ou dentro de pouco tempo, não temos esta espécie de gente.
Em 1º lugar os aspirantes a esta profissão deveriam mudar de entidade, eu explico, eu não conheço nenhum nadador-salvador, até conheço o Nadador-Duarte, o Nadador-Lopes e até a Nadadora-Pamela, mas nadador-salvador não conheço nenhum.
Esta profissão vai pelas ruas da amargura, porquê? Porque não houve continuidade. Antigamente nadador-salvador que não engatasse pelo menos 4 gajas por verão, não poderia renovar contracto, agora não. Agora são elas que têm de ir ter com eles e fazer aquela pergunta parva! “Como te chamas?”. Esta é a pergunta mais absurda que se pode fazer a um nadador-salvador, ele tem o nome escrito na t-shirt, diz lá nadador-salvador! Quando as coisas chegam a este ponto é porque realmente algo não está bem. Depois as pessoas pensam que os nadadores-salvadores têm de salvar vidas que estejam em perigo no mar, mas não! E aquelas pessoas, nomeadamente raparigas, que estão sozinhas, tristes, sós e abandonadas, seres frágeis, essas sim, são pessoas que correm risco de vida e aí o nadador-salvador tem de agir e quanto mais depressa melhor.
Outro ponto que acho desfavorável aos nossos heróis é a ausência da bandeira axadrezada, que foi uma bandeira que deixei de ver nas praias. Lembro-me perfeitamente de numa primeira parte da minha infância perguntar ao meu pai se estávamos no estádio do Bessa e numa outra metade perguntar se o Ayrton Senna tinha cortado a meta, mas depois aprendi que aquela bandeira simbolizava a interrupção para almoço do nadador-salvador, tempo em que a praia não tinha vigia e isto durava no mínimo 3 horas, o que dava para o nadador-salvador ocupar este tempo com outros trabalhos laborais, por isso peço que volte às praias nacionais a bandeira axadrezada, para os nossos heróis voltarem a atingir a meta das 4, sem serem elas a ir perguntar o nome!
Depois outra situação que faz com que eu diga que está profissão estas prestes a acabar e o facto de eles não serem só nadadores, mas também serem motoqueiros, tudo bem que é preciso preservar os banhistas, mas aquela imagem de ver as nadadoras-salvadoras a correrem sobre uma areia escaldante, com o seu fato de banho vermelho e a sua bóia torpedo é muito mais eficaz, porque as nadadores, 1º sabem que os homens adoram mulheres fardadas e depois sabem que vestidas daquela maneira tiram o fôlego a qualquer um e então despacham-se para que não hajam feridos.
Por último, a medida que tomaria se fosse formador de nadadores-salvadores era introduzir a respiração boca-a-boca, como 1ª técnica de reanimação, já que agora utilizam as massagens, mas não dá em nada e a boca-a-boca tem duas finalidades, 1º já serve de aproximação e 2º quando a pessoa acordar fica logo bem disposta.
Estas situações vão-me fazendo dar voltas à almofada e digo mais, hoje a baba foi muita, só de pensar nas Marés Vivas.
Bem malta já sabem que amanhã há mais, em directo às 9.20 horas na Azeméis FM Rádio, em 89.7 Mhz ou www.azfm.com
Fiquem bem e boas voltas...
Abraço BQ.

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